SOU APENAS UMA MULHER EM BUSCA DA FELICIDADE...AMO LER E ESCREVER...SIMPLESMENTE VIAJO QUANDO ESTOU
sábado, 5 de maio de 2012
De mulher... À menina
Eu sou criança. E vou crescer assim. Gosto de abraçar apertado, sentir alegria inteira, inventar mundos, inventar amores. O simples me faz rir, o complicado muitas vezes me aborrece. O mundo pra mim é grande, não entendo como moro em um planeta que gira sem parar, nem como funcionam algumas tecnologias. Aliás, tecnologia pra mim é um bicho de sete cabeças. Verdade seja dita: entender, eu entendo. Mas não faz diferença, os dias passam rápido, existe a tal gravidade, papéis entram e saem de máquinas, ninguém sabe ao certo quem descobriu a cor. (Tem coisas que não precisam ser explicadas. Pelo menos para mim). Tenho um coração maior do que eu. Nunca sei a minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida, que às vezes eu rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada).
Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Tenho medo do Plantão do Jornal Nacional, de rato, de filme de terror, de maionese vencida, tenho medo das pessoas, tenho medo de mim. Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos dormem e acordam, nunca sei a hora certa. Mas uma coisa eu digo: eu não paro. Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou. Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre questiono se você está feliz, se eu estou bonita, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar para casa, se eu posso te levar pra mim.
Não gosto de meias-palavras, de gente morna, nem de amar em silêncio. Aprendi que palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força, perde a razão. E força não há de faltar, porque - aqui dentro – eu carrego o mundo. Sou menina levada, sou criança crescida com contas para pagar. E mesmo pequena, não deixo de crescer. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Escrevo escondido, faço manha, tomo sorvete no pote, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidrados, amo com todas as letras. A-M-O. Sem restrições, sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Quer me entender? Não precisa. Quer me fazer feliz? Dê-me uma bala, um bilhete, um brinde que você ganhou e não gostou, uma mentira bonita pra me fazer sonhar. Não importa. Todo dia é dia de ser criança e criança não liga pra preço, pra laço de fita e cartão com relevo. Criança gosta mesmo é de beijo, abraço e surpresa!
E eu, como boa criança que sou, quero mais é rasgar o pacote!
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário